Turquia ameaça com "resposta ainda mais forte" a Síria

Responsável máximo das forças armadas turcas garantiu que estas estão prontas para reagir de forma decisiva, se continuarem os bombardeamentos sírios sobre o território do seu país.
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O chefe de estado-maior das forças armadas da Turquia, general Necdet Ozel, deixou claro que será desferida uma "resposta ainda mais forte" sobre as unidades sírias que, regularmente, disparam tiros de artilharia sobre território turco.

O general Ozel proferiu estas declarações na localidade fronteiriça de Akçakale, onde na passada semana morreram cinco civis turcos devido a ataques da artilharia síria. Desde então, o exército turco tem respondido taco a taco a todos os disparos das forças do regime de Damasco. Segundo Ozel, estas sofreram "baixas significativas".

O chefe militar turco realiza neste momento uma inspeção às áreas fronteiriças onde já se produziram incidentes, muitas delas onde se encontram refugiados sírios, cerca de cem mil.

A Turquia tem reforçado os mais de 900 quilómetros de fronteira com a Síria, mobilizando um significativo dispositivo militar, com tanques e baterias de artilharia.

No plano interno, O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal plataforma política da oposição, anunciou que vai instalar a sua direção em território sob controlo do Exército Sírio Livre (ESL) dentro "de poucos dias".

Do lado das forças fiéis ao regime de Bachar al-Assad, estas prosseguem o cerco à cidade de Homs, onde algumas áreas continuam sob controlo de elementos do ESL, prevendo-se para breve uma grande ofensiva. "Homs pode ser recuperada dentro de horas ou dias, verificando-se a progressão do exército em todas as frentes", escreve hoje o diário Al-Watan, ligado ao regime de Damasco, citado pela AFP.

Em Damasco e na segunda cidade da Síria, Alepo, continuam a registar-se combates, segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem e segundo alguns media árabes, que citam testemunhos no terreno.

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